O dia foi definido pela Global Footprint Network (uma organização dedicada à gestão de recursos naturais e ao impacto das alterações climáticas). No passado sábado, dia 7 de maio de 2022, Portugal entrou em crédito de tudo o que consome face ao que o planeta pode produzir num ano sem se esgotar. Ou seja, a partir de agora começamos a usar recursos naturais que só deveriam ser utilizados a partir de 1 de janeiro de 2023.
Isto significa que “a humanidade exigiria cerca de 2,5 planetas para sustentar as suas necessidades de recursos”, nota a Zero quando compara o estilo de vida de qualquer cidadão mundial com o estilo de um português médio.
Em suma, isto acontece porque a nossa pegada ecológica é muito superior à capacidade de o planeta regenerar recursos naturais e absorver resíduos (biocapacidade).
Fonte: GFN
Desde 1985 que a nossa pegada ecológica começou a aumentar. O pico foi atingido em 2005 quando acionamos o ‘cartão de crédito ambiental’ a 4 de abril: nunca tivemos uma pegada ecológica por pessoa tão grande.
Em contrapartida, houve uma inversão desta tendência a partir de 2010, o que conseguimos atrasar ligeiramente o dia em que entramos em défice ecológico. Todavia, em 2018, a dívida ambiental portuguesa voltou a crescer substancialmente e a cada ano que passa o dia sobrecarga da terra, em Portugal, tem vido a ser cada vez mais cedo.